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César Fernández Diaz é uma lufada de ar fresco da Ribera del Duero. É um projeto que está apenas no início, mas que tem todos os ingredientes para se tornar um novo nome na vanguarda do terroir espanhol.
A relação de César com o vinho foi herdada da mãe que sempre foi proprietária de vinhas.
Depois de estudar e trabalhar em várias adegas em Gredos e na Ribeira Sacra, César iniciou o seu projeto em 2018. Este centrou-se na restauração de 1,5 hectares de vinhas familiares, em parte pré-filoxera, na localidade de Fuentedelcesped. Além de trabalhar com enólogos de confiança, Cesar está sempre em busca de novas vinhas para trazer para o projeto.
A produção, atualmente, não ultrapassa as 4.000 garrafas.
“Faço vinhos que gosto de beber. Procuro um vinho que seja como uma mesa com quatro pernas: mineralidade, elegância, acidez e austeridade de forma fina, estreita e crua.
Não procuro vinhos com excesso de fruta explosiva e opulenta, mas sim vinhos mais minerais, com tensão e eletricidade no palato, vinhos de carácter definitivo.
Continuando com a ideia das “quatro pernas da mesa” (mineralidade, elegância, acidez e austeridade), o trabalho da vinha é feito com muito cuidado e detalhe.
“No que diz respeito aos vinhos naturais, sei que há mestres vitivinícolas que fazem vinhos incríveis e longevos sem adição de enxofre e há outros que fazem vinho sem sulfitos, mas os vinhos estragam-se em pouco tempo. Gosto de vinhos naturais desde que permaneçam vinhos.”
“Trabalho sempre de forma orgânica e isso limita os rendimentos e influencia o estilo de vinho que quero fazer. Cultivo a vinha desde as raízes até às folhas, procurando a máxima atividade biológica no solo e a máxima profundidade das raízes para dar mais carácter e mineralidade ao vinho.
O uso de produtos químicos sintéticos altera a natureza e a saúde da planta, o que acaba afetando a qualidade e o sabor da uva. Com a biodinâmica, acho que é parcialmente fé e
parcialmente real. Uso extratos de plantas e o calendário lunar porque vejo que funcionam, mas noutras coisas continuo mais cético. Eu não uso nenhum tratamento de videira não
natural além de enxofre e cobre.
Eu trabalho ecologicamente [organicamente] principalmente por causa dos meus princípios éticos. Acredito que se no século XV existiam vinhas sem recurso a produtos químicos isso pode ser feito hoje, mas há que encontrar e compreender a resistência natural da planta.”
“A família da minha mãe sempre teve vinhas e produzia e vendia os seus vinhos.
Eles faziam os vinhos em adegas subterrâneas e vendiam os vinhos em Aranda de Duero e diretamente aos habitantes locais.
Desde criança ajudei nas vinhas e observei como a minha família lidava com o ciclo de vida das vinhas. Desde muito jovem tive contacto com o mundo do vinho, não só através da minha família, mas também de outros produtores. Quando andava na universidade, apercebi-me que o que mais gostava era a viticultura, mas antes disso não tinha um grande interesse.”
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